terça-feira, 16 de novembro de 2010



Ando olhando para meus pés... o que há de errado? Não é nada.
Se não posso notar a presença de alguns pela timidez ou pelo desequilíbrio que me exige atenção, sinto muito.
Sinto muito se meus pés não são cansados por árduos trabalhos que os adultos se orgulham em dispor aos olhos alheios;
Sinto por poder ter pés calçados enquanto muitos não podem ter pés;
Lamento se as angústias já não deixam recriar fatos atraves dos pensamentos para contornar situações, se a infância acabou...
MEus pés não são suados, não tem calos ou queimaduras, no máximo um arranhão como sinal de comportamento de criança... MAs quando não consigo mirar os olhos dos outros... e quando não posso erguer a cabeça pelo medo de tropeçar... São eles... meus pés... meu refúgio... não são nenhuma terra do nunca... mas eles são capazes de me tornar invisível por um momento.

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